Safra
A colheita de arroz em Querência do Norte, no noroeste do Paraná, já começou, mas os produtores estão desanimados. Eles alegam que a perda média da lavoura de arroz irrigado foi de 15% por causa do clima no período do plantio. O preço pago ao produtor também está baixo.
O município é o maior produtor de arroz do estado. A área plantada subiu de 18.684 hectares em 2013 para 19.083 em 2014. De acordo com a Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab), a produção média foi de 160 mil toneladas, ou seja, quase a mesma produção de 2013, apesar de a área plantada ter aumentado.
Quem plantou em agosto de 2014 teve prejuízos relacionados ao clima. “Os períodos de chuva e sol prosperaram as doenças”, diz o agrônomo Murilo Reginato.
Alguns produtores resolveram aproveitar o broto desta safra e pretendem colher a nova produção dentro de 90 dias. A técnica é chamada de soqueira. A intenção é diminuir o prejuízo com a colheita deste início de ano.
O preço médio da saca de 60 quilos é de R$ 44, quase o mesmo do ano passado. “Teria que dar uma melhoradinha porque tudo subiu, o petróleo, as peças, mas o arroz está parado”, comenta o agricultor Paulo Benvenutti.
Os armazéns ainda estão cheios de sacas da safra passada. O preço pago nas cooperativas também não aumentou. “Hoje está praticamente inviável você trabalhar com o preço que o produtor quer e com o preço que a cooperativa está vendendo. Tem que pagar para trabalhar”, afirma o gerente de armazém, José Wilson Moreira.
